Por Vilmar Duarte
Conhecer suas habilidades, suas capacidades e seus limites é o mínimo de consciência que devemos ter em uma área que dominamos. Contudo, quando nos enveredamos por um caminho desconhecido, todos os sentidos devem estar aguçados, dando um passo de cada vez, testando-os, planejando o próximo e seguindo em frente.
Apesar disto parecer o óbvio enquanto lê, exponho duas experiências, bastante comuns, que verifico que as pessoas que não conseguem perceber portadoras da síndrome Dunning-Kruger:
- Em uma multinacional onde trabalhava, fui convocado pelo meu superior hierárquico para discutirmos meu desempenho. Eu sabia que ele não tinha qualquer métrica ou fatos para tratar deste ponto. Tudo que ele tinha era fofoca. Quando ele percebeu isto, ficou de me avaliar melhor ao longo de um ano e me preparar para um cargo mais alto. Como ele também não sabia como fazer isto, não conseguiu cumprir com nenhum dos pontos, mas ao longo deste tempo eu me preparei e acabei assumindo uma posição superior em outra companhia;
- Em outra empresa, um colaborador me tinha como concorrente, apesar de sua falta evidente de humildade e de histórico de sucesso profissional. Sua ânsia pelo poder trazia argumentos falaciosos de processos de execução de projetos, fazendo-o não perceber o óbvio diante de seus olhos. Não precisou de muito tempo para que sua
incompetência viesse à tona.
Nestes exemplos reais, a plena convicção de saberem muito em conjunto com a incompetência toma tal vulto que, além de gerar erros catastróficos, também inibe a habilidade de reconhecer seus erros.
Ambos os casos mostram imaturidade, amadorismo, improviso e falta de conhecimento; sobretudo, além da falta de integridade, transparência e honestidade intrínsecos, valores que deveriam ser inegociáveis.
Em sua empresa, reconhece personagens que possuem esta síndrome?
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